quarta-feira, 1 de abril de 2009

Às minhas filhas ou ...aos jovens em geral

Hoje lembrei-me do Professor ROMANOV… e desculpem filhas se pareço enfadonha, mas apeteceu-me escrever-vos algo…
Uma das mais dificeis decisoes que um ser humano possa tomar é aquela que coloca o percurso de vida de alguém que amamos em situação não diria de risco pois isso é dimensionar demais, mas que sabemos poderá ter um impacto melhor ou…pior na sua vida futura !!! Vá-se lá saber não é? Decidir a nossa vida… tudo bem, o risco somos nós que o corremos. Podemos sempre virar o nosso eu do avesso e procurar outra estrada… ou não tomar nenhuma, aguardando que o tempo se encarregue de colocar as pedrinhas certas por onde caminharemos a seguir… iremos descalços propositamente para sentir bem o chão que estamos a pisar. Mas tomar decisões relativamente aos jovens… será que estamos a apontar-lhes o caminho mais curto para atingir as metas que achamos serem as melhores para eles ? Será que estamos a falar uma linguagem adequada ? Será que estamos a entender o que se passa nas suas almas ? Julgamos nós que si, esquecendo-nos que cada um de nós é um ‘indivíduo’ e como tal um ser único…não queiramos ter a pretensão de nos acharmos sabedores do que dentro de suas almas se passa… cada um de nós é um mundo desconhecido, a menos que da nossa essência tenha vingado a aposta de termos uma alma transparente, um coração bondoso e calmo. Por mais que tenhamos sentido que transmitimos aos nossos filhos valores básicos, essencias - a ética, a coragem, a verdade, responsabilidade, deparamo-nos um ou outro dia com atitutes que em nada indiciam os tais valores que falo atrás e que julgamos estarem enraizados neles. Perdemo-nos então em mil questões que nos atormentam, perguntamo-nos afinal quem é este filho(a) com quem convivemos e julgamos conhecer ?
Quem dera todas as escolas tivessem um Professor Romanov que entendia que enfrentar a ansiedade nos momentos de tensão e construir um clima de tranquilidade é fundamental para se raciocinar bem, debater ideas e poder fazer-se escolhas. Ele percebeu que gerir a emoção é fundamental para irrigar a razão.
Romanov falou algo súbtil e sabedor aos alunos - falou-lhes da matemática das emoções que passo a citar “ os bons alunos aprendem a matemática numérica, os alunos fascinantes vão mais além, aprendem a matemática da emoção, que não dá resto 0 e que rompe com a regra da lógica. Nessa matemática, só se aprende a multiplicar quando se aprende a dividir, só se consegue ganhar quando se aprende a perder, só se consegue receber quando se aprender a dar “

Agora sim percebo porque razão o meu Pai parecia não se preocupar nem me 'cruxificar' por eu não ser uma boa aluna, eu tinha o resto… que ajudaria a fazer de mim para a vida o que agora sou… Tenham uma vida feliz - as contas das relações humanas não são exactas

1 comentário:

  1. Porque penso que é uma pessoa justificada e animada para o bem.
    Atenciosamente
    João

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