sábado, 12 de dezembro de 2009

Algo que eleve


Com uma vida tão curta, com uma fonte de energia tão pequena, é simplesmente estupidez desperdiçá-la com tristeza, com raiva, com ódio, com ciúme.

Aproveite a vida com amor, aproveite-a fazendo algo criativo, com amizade, com meditação. Faça com sua energia algo que o eleve.

E quanto mais alto for, mais fontes de energias estarão disponíveis para você. No ponto mais elevado da consciência, você é quase um Deus.


Osho

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Hoje estou assim !!

Hoje estou assim… ! Recordo um bom amigo que és Tu Sim…preciso fazer as rupturas de que me falas… mas como ? Sim… é fácil assumir perante nós proprios que necessitamos de um apoio, de alguem na nossa vida que nos ame e que nos ajude a ultrapassar a realidade da nossa parca vida. Alguém a quem igualmente amemos e que transportemos para esse amor uma outra forma de viajar, como que nos ‘dissociarmos’ da tal nossa realidade com tao pouco para alegrar… Sim estou em baixo hoje, bastante mesmo… Hoje sim… tenho a tal consciencia de que sozinha não é o meu caminho Mas mais difícil é não perder a lucidez, a clareza de espirito para não me deixar cair nas amarras desta solidao, não confundir valores ou sentimentos que possa nutrir por alguém. Ter respeito por mim, ter respeito pelo próximo, respeito por esse alguém através de quem estou a projectar a minha carência afectiva... sim, é urgente não perder esse respeito . Quando sinto ‘pena’ de mim, queria ter-te por perto, por momentos sinto uma fraqueza, um cansaço interminável, uma necessidade de me enroscar de encontro ao teu peito… imagino dias claros e de descanso. Perder-me no carinho que nunca me deste, olhar-te longamente ( eu, que nem sequer nunca te vi… ) sorrir pela alegria de te ter comigo… olhar-me-ás como se fosse a mais pura criatura Desabafar num pranto fundo até que os girassóis de uma vida mais leve se abrissem para um amanhecer Tu não te importarias com nada disso, o meu choro não te abalava… Tu sabias que tinhas chegado por bem, o teu caminho estava destinado a cruzar o meu, em tudo me entendias e estendias as mãos da compreensão Tinhas carinho de sobra para dar e não te importavas com nada pois sabias entender-me Sobre Ti, que nem nunca vi teu rosto, escrevo estas linhas na esperança de encontrar um conforto, uma outra forma de me manter de pé como as árvores ... Sinto que és a minha porta para o mar, tens muito para dar… é o que sinto!!! Não, não quero confundir nada… mas hoje estou assim … Nada resignada a uma falta de amor que teima em chegar Mas que adivinho nas esquinas dos dias que têm passado Anseio profundamente por uma paz que não tenho conseguido ter, um adormecer tranquilo, uma vontade de acordar com a alegria de saber que existes Sim, é verdade estou com uma ponta de egoismo… quero receber o sol que tens nos teus olhos cujo calor nunca senti.. Quero perder-me em ti e esquecer por um momento a minha realidade, a minha dor de mãe que não sabe para que lado se virar… a mulher que há em mim -criança, frágil, carente, sonhadora, romântica, contudo... realista !! Com tão pouco para sorrir nos últimos tempos Porque razão te acho forte ? Eu nunca te vi… mas estás presente nos meus dias Perdoa-me estas linhas da minha metade… da metade não completa Hoje estou assim !!! Tão perto ....e com vontade de Ti Sem eira nem beira atravesso as ruas da minha imaginação e encontro te á minha espera tranquilo com tudo o que de melhor há na tua essência… Metade de mim é assim e Hoje... Hoje estou assim !!!

Tesoura e Papel


Os filhos únicos têm o hábito de se entreter com qualquer coisa
Uns tornam-se exigentes… porque a sua imaginaçao não tem limites
Outros, pelo contrário, ficam presos ao circulo que lhes é possível atingir ou… a sua imaginação não é tão fértil… vá-se lá saber!

Sempre fiz guardanapos de papel que recortava habilmente com uma tesoura de costura de pontas aguçadas
Saiam verdadeiras obras de arte
Continuei recortando a minha vida…umas vezes para a direita, outras para a esquerda e muitas vezes cortava em frente - Depois logo se via o resultado !!!
Quando não sabia o que fazer cortava em frente…e ás vezes deitava no lixo o guardanapo ensaiado em obra de arte…
Quis fazer dos meus dias uma mesma obra …
Estes… continuam a ser recortados como quem com uma tesoura faz guardanapos de papel
Vou tendo acesso a uma branda felicidade
No meu caminho cruzam-se de quando em vez luzes guarnecidas
Dão-me uma flor imaginária, solicitam a minha atenção…
Dão uma cadeira para me sentar ao sol, mas não colocam almofada para que a estadia ao sol não seja tão confortável que pense que os meus dias são sempre aquele ‘solário’ ….

Não sinto que os pássaros do amanhecer tenham a força nas asas …
o suficiente para cortar os céus,
Rasgar madrugadas, cortar os horizontes da aventura,
Cortar o cordão umbilical… deixar tudo e todos, porquê me preocupar tanto pelo facto de ser única filha e ter interiormente este compromisso para com os outros? Ir-me-iam perdoar pelo ‘abandono’ ?
De que me serviu … ou serve ainda agora… Certo será que escolhi ser independente…
A independência teve agora mais do que nunca o expoente mais alto -aquilo que sinto ser o seu preço - um sentimento de ‘não estar à altura’ de algumas ( poucas ) pessoas que cruzam as entrelinhas do meus caminhos - não sei distinguir entre o ‘aqui’ e o ‘acolá’
Falta-me a visão ou a antevisão do brilho mais alto da viagem ao mundo da realidade - outros paises - outras culturas - outras vivências - outras madrugadas e outros anoiteceres que nunca presenciei

Não, não tenho o que contar
Apenas me perco e viajo nos recortes dos meus guardanapos de papel…

felizmente escrevo e sempre escreverei, muito ou pouco, um dia... outro não...
mas sim, escreverei, felizmente escreverei... passarão meses ? quem sabe...
mas escreverei !!

Voltarei sempre à Tesoura, ao Papel e à escrita...





quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A ' Verdade '

A verdadeira vida de um homem é o caminho no qual ele se desfaz das mentiras que lhe foram impostas pelos outros.
Desprovido das roupas, nu, ao natural, ele é aquilo que é. Trata-se aqui de ser, e não de vir a ser.
A mentira não pode transformar-se na verdade, a personalidade não pode transformar-se na sua alma. Não existe maneira de transformar o não-essencial em essencial.
O não-essencial permanece não-essencial, e o essencial permanece essencial — eles não são conversíveis.
Esforçar-se pela verdade só vai criar mais confusão. A verdade não precisa ser conquistada. Ela não pode ser conquistada, pois já está aí.
Apenas a mentira é que precisa ser descartada.Todos os anseios, propósitos, ideais e metas, todas as ideologias, religiões e sistemas de aperfeiçoamento, de melhoramento, são mentiras.

Cuidado com tudo isso.
Reconheça o facto de que do jeito como você é agora, você é uma mentira, resultado de manipulação, produzido pelos outros.
A busca da verdade é de fato uma distração e um adiamento.
É a fórmula encontrada pela mentira para disfarçar-se. Olhe a mentira de frente, examine a fundo a falsidade que é a sua personalidade. Pois encarar a mentira é parar de mentir. Deixar de mentir é desistir de buscar alguma verdade — não há necessidade disso.
No momento em que desaparece a mentira, ali está a verdade em toda a sua beleza e esplendor. Encarando-se a mentira ela desaparece, e o que fica é a verdade.
Osho

domingo, 4 de outubro de 2009

Desfrutando a vida


Se você realmente quer desfrutar a vida em toda a sua riqueza, tem que aprender a ser incoerente, a ser coerentemente incoerente.

Ser capaz de ir de um extremo a outro — às vezes profundamente enraizado na terra e às vezes voando alto no céu. Às vezes fazendo amor e às vezes meditando.

E então, aos poucos, o seu céu e a sua terra ficarão cada vez mais próximos e você se tornará o horizonte em que eles se encontram.


Osho

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A vida é insegurança... ?


Cada pessoa cria uma determinada segurança psicológica, sem saber que a sua segurança é a sua prisão.

As pessoas estão cercadas por todos os tipos de inseguranças; daí o desejo natural de criar proteção. Essa proteção torna-se cada vez maior à medida que você fica mais atento aos perigos pelos quais está passando.

A sua cela na prisão vai ficando menor, você começa a viver tão bem protegido que a vida em si torna-se impossível.

A vida só é possível na insegurança. Isso é algo muito fundamental para se entender: a vida em sua própria essência é insegurança.

Enquanto você está se protegendo, está destruindo a sua própria vida.

Proteção é morte, porque apenas aqueles que estão mortos nos seus túmulos estão absolutamente protegidos.

Ninguém pode fazer mal a eles, ninguém pode ser injusto com eles.

Não há mais morte para eles.

Tudo o que poderia acontecer já aconteceu.

Nada mais vai acontecer


Osho

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

nós e o próximo

Simples é não complicar o que óbvio!
Quantas e quantas vezes não pomos em prática este ditado popular?
Saberemos viver em harmonia com o próximo ?

Estamos mais dispostos em apontar ou encontrar os defeitos
A olhar o outro com os olhos da crítica gratuita
do que em encontrar as virtudes
Que…sempre as há !
Mas não estamos interessados em descobrir
Tiremos as máscaras, o pano que nos oculta a verdade …
Quantas vezes não temos sequer a paciência de procurar entender quem temos na nossa frente?
Isso dá cá uma trabalheira não é?
Faz de nós seres humildes…
E quem é que quer ser humilde ?
Quase ninguém pensa nisso…

E esse é o precioso segredo do entendimento.

Que tal começar por aí ?
Por hoje fica no ar uma pergunta tão simples…

Jornada

Uma jornada é uma viagem
pequena ou grande dentro ou fora de um pais
é uma tarefa a que nos propusemos
implica faze-la sózinha ou ter alguém por companhia...
pode ser um acto colectivo ou não...
assim como a tarefa, a jornada pode ser longa ou não
teremos necessidade de levar mantimentos para o caminho
teremos necessidade de nos fortalecer antes...durante ou...não
jornada pode ser uma vida levada com um propósito
escalar passo a passo, pulso a pulso os degraus dessa nossa vida
carregada de intempéries
mas que nos propusemos como por fim um tal objectivo
pelo caminho, que é igualmente uma jornada, encontraremos obstáculos, crenças, amuletos
cabeças viradas do avesso
humanos sem ter caminho ou jornada
vagueando sem nenhum propósito
jovens, delinquentes, assaltantes de bares, lojas
ou simplesmente de corações
esses... seguramente nao têm uma jornada, propósito ou viagem a fazer
caminham , ou passeam trémulos pelas curvas da vida, tantas vezes nem fazem sequer a curva sublime do seu auto conhecimento
sao tristes, pobres , sós...não sabem quem são nem ao que vieram...
nao tem propósito,
propósitos ou modos
amorfos, amargos, sem eira nem beira
umas vezes , por que se descuidaram da vida, andaram desatentos, desinteressados
outras vezes nao tiveram familias, ou um amigo que orientasse em momentos de dúvida
e outros ? outros que não se encaixam em nenhum destes parâmetros???
a dúvida da jornada do ser humano permanece
a dúvida, o ser-se arrastado para lamas será por conta de quê ou de quem??
ah pois... imperfeiçao humana
mais fácil será achar que a culpa é de alguém...
e nao será? esse alguém seremos nós... e porque não?
carregados de vicios ou dúvidas, como fazemos para nos despir de toda essa carga emocional?
será fácil... talvez ! quiça subir ao alto de nós e mergulhar na consciência de nós mesmos, procurando o que sinto? o que faço agora? porque o faço?
a solução será então a auto análise... observação exaustiva da nossa própria conduta...
e isso será para quem? para os tais que fazem sua jornada, sua luta diária
sua caminhada pelas veias de sua vida
a grande jornada de sua própria existência!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

que a paz esteja convosco


Quando alguém vier vê-lo ou se encontrar com você, acalme-se por dentro e fique silencioso.
Quando a pessoa entrar, deseje-lhe paz profundamente.
Sinta: "Que a paz esteja com você."

Não apenas diga, mas sinta. De repente, você verá uma mudança nessa pessoa como se algo desconhecido a tivesse penetrado; ela ficará totalmente diferente.

Experimente!

Osho

Adultério


O significado comum dessa palavra é "fazer amor com uma mulher ou um homem com quem você não esteja casado(a)".
Mas o verdadeiro significado de adultério é fazer amor sem amar. Pode ser sua própria esposa, mas, se você não a estiver amando naquele momento, fazer amor com ela será um adultério.

O homem é um ser complexo: hoje você pode estar amando sua mulher - sim, sua própria mulher!
Eu sei que é difícil, talvez seja muito raro, mas acontece.
Então hoje você pode estar amando sua própria mulher, e fazer amor com ela será uma oração, uma devoção, uma comunhão com Deus.
Essa comunhão pode acontecer até mesmo com outra mulher que não seja sua esposa: se houver amor, não será adultério.

Mas se o amor não estiver presente,
seja quem for a outra pessoa, será adultério

Osho

Nunca perder o encantar-se !

A pessoa realmente inteligente mantém sua infância viva até o seu último suspiro.

Ela nunca perde isto; o encanto que a criança sente observando os pássaros, olhando as flores, olhando o céu....

A inteligência precisa ser, da mesma maneira, pueril.

Osho

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Idades..ou fases

Há uma idade de ouro em que tudo acontece com a pureza inerente, é a idade do acreditar
Depois passamos à fase de achar que “se isto me acontecer, vou achar que é um ‘milagre’ “
E mais tarde… voltamos a acreditar incondicionalmente…
Novamente e mais tarde, misturamos todas essas “fases” e sentimos uma ‘melange’ de aquilo que fomos, aquilo que nos deram, aquilo que estavamos dispostos a dar e receber e
Agora… nesta ultima fase…
Ao invés de acharmos que agora sim, estávamos preparadas para ver tudo com clareza à nossa volta
Ficamos no equilibrio da corda…
Temos alguma tendência para não acreditar em mais nada, queremos alterar, mudar a nossa essência por força da já quase incapacidade de “sofrer” novamente
Por instantes não queremos ser o que fomos… esquecer a pessoa sorridente e crédula que havia em nós…voltamos a não nos sentir preparados para o choque térmico do desgosto, do amargo de boca, da ressaca do insucesso amoroso…
E…por instantes, alteramos o personagem que há em nós, ambicionamos ser uma outra pessoa, fazer o possivel por alterar o nosso “chip”
Escondemo-nos dos sentimentos… fazemo-nos de insensiveis…recusamos o desgosto, não queremos aceitar que a vida nos possa pregar uma partida… mais uma? Ou a tal grande partida?… o universo reúne as circunstâncias para que conheçamos novas pessoas, algumas muito mais novas que nós e perguntamo-nos e o que fazemos agora? Estaremos à altura ? Não estamos preparadas para o golpe fatal, o derradeiro, não temos força para encarar o insucesso que já prevemos… pensamos “isto é bom demais para nos estar a acontecer”… e fugimos de nós como quem não quer perder o autocarro de retorno a casa
Mas… um breve sopro de consciência ( o nosso brio ) faz-nos levantar as asas da urgência da verdade que há no fundo de nós e… abrimos nossa mente, tornamo-nos o tal ser consciente e confessamos : Eu não sou assim ! Se já passei por tantas, se já as ultrapassei… se sempre assumi um carácter decidido, ensombrado sim, por uma certa timidez, mas avancei com a minha verdade, não há porque não continuar a sê-lo !!
Declaramos enfim, a nossa verdade, damos uma mão para que nos estendam a outra, acreditando na nossa sinceridade…
É fácil viver de sonhos… eles nos mantêm vivos, alertas, conscientes… mas por vezes o nosso dia a dia é tumultuoso demais para que consigamos gerir algumas situações - desordens caseiras, necessidades financeiras, educação dos filhos… e os sonhos ? Onde ficam ? Serão resíduos apenas ? Queremos viver, sim, queremos ser felizes, mas por outro lado declaramos guerra a nós mesmos, trazemos à tona o ‘adulto’ que há em nós e que nos diz “Pára… enquanto é tempo, olha que te vais desapontar…”

Foi nesse limiar que dei comigo a fazer e desfazer o que queria e o que tinha receio de enfrentar - sonho e realidade - uma ambivalência que não tive certeza de estar preparada para dosear.
Achei por certo revelar-me “ Eu não sou assim, eu não passo de uma sonhadora, uma criança crescida que anda à procura de não perder de vista o sonho, mas reconheço tive receio, sim, é verdade, receio de que a vida me estivesse a pôr à prova mais uma vez-

Revela-se que nem sempre a sinceridade é o caminho mais adequado em determinadas situações… que o medo é o melhor amigo do insucesso e que devemos saber esperar a hora certa de falar sobre nós !
Não sei se perdi... não sei se me tornei numa esfera para onde possam ser atiradas flechas...
como há muitos anos atrás, senti que o tempo parou no patamar da delicadeza, que nas mãos trazia sementes que nao cheguei a plantar e cujos frutos não deixei ver crescer ou flores ver florir.

Tenho saudades desses dias...
Lamento o que não cheguei a ter.
A vida tem desta coisas, não é ??

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Zazen = meditação - Postura


Lembrei-me que alguns podem não saber o que é Zanzen...

Quando você se senta na posição de lótus completo, seu pé esquerdo fica sobre sua coxa direita, seu pé direito, sobre a coxa esquerda. Ao cruzarmos as pernas desse jeito, embora tenhamos uma perna esquerda e outra direita, elas se tornam uma só. A postura expressa a unidade da dualidade: nem dois, nem um. Este é o ensinamento mais importante: nem dois, nem um. Nosso corpo e mente não são dois, nem um. Se você pensa que seu corpo e mente são dois, está errado. Se pensa que são um, também está errado. Nosso corpo e mente são dois e um ao mesmo tempo. Habitualmente, pensamos que se algo não é um, é mais do que um; que se algo não é singular, é plural. Mas, na prática, nossa vida não é só plural, é também singular. Cada um de nós é duas coisas ao mesmo tempo: dependente e independente.

A coisa mais importante na postura zazen é manter a coluna reta. Orelhas e ombros devem ficar alinhados. Relaxe os ombros e estique a parte superior da cabeça em direção ao teto. O queixo deve ficar ligeiramente recuado para dentro. Quando o queixo está erguido, você não tem firmeza na postura, com o que e provável que sua mente se ponha a vaguear. Assim, para reforçar sua postura, pressione o diafragma para baixo, em direção ao seu hara ou parte baixa do abdome. Isso o ajudará a manter o equilíbrio físico e mental. Ao tentar manter essa postura, poderá encontrar alguma dificuldade inicial em respirar de maneira natural, mas quando se acostumar a ela será capaz de respirar normal e profundamente.

Suas mãos devem formar o mudra cósmico. Se puser o dorso da mão esquerda sobre a palma da direita, as juntas dos dedos médios encostadas umas sobre as outras, as pontas dos polegares tocando-se levemente (como se estivessem segurando uma folha de papel), suas mãos formarão um belo oval. Mantenha esse mudra cósmico com todo cuidado, como que segurando algo precioso.

Não deve inclinar-se para os lados, nem para a frente, nem para trás. Deve ficar sentado bem reto, como se estivesse sustentando o céu sobre a cabeça. Isto não é apenas postura ou respiração. Isto expressa o ponto chave do buddhismo. E uma expressão perfeita da sua própria natureza búddhica. Se você busca a verdadeira compreensão do buddhismo, tem de praticar deste modo. Estas formas não são meios para obter um estado mental correto. Assumir a postura já é, em si, o propósito da nossa prática. Ao se colocar nessa postura, sua mente fica naturalmente em estado correto; portanto, não há necessidade de buscar um estado especial da mente. Quando você tenta obter algo, sua mente começa a divagar por outros lugares. Quando você não se ocupa em obter algo, seu corpo e sua mente permanecem juntos, presentes onde você está.

O mais importante é estar de posse do próprio corpo físico. Se você se encolhe, está se perdendo de si mesmo. Sua mente estará divagando alhures; você não estará presente em seu corpo. Não é assim que deve ser. Nós temos que existir no aqui e agora. Este é o ponto chave. Você tem que estar de posse de seu corpo e mente. Tudo deve existir no lugar certo e de maneira certa. Então não há problemas. Se o microfone que eu uso quando falo estiver colocado em outro lugar, ele não estará servindo ao seu propósito. Quando nosso corpo e mente estão em ordem, tudo o mais está no seu devido lugar, de forma certa.

Usualmente, sem que tenhamos consciência disso, tentamos mudar as coisas em vez de mudar a nós mesmos; tentamos arrumar as coisas que estão fora de nós. Mas é impossível ordenar as coisas se você mesmo não está em ordem. Quando você faz as coisas de forma certa, no momento oportuno, tudo o mais se organiza. Você é o chefe. Quando o chefe está dormindo, todos dormem. Quando ele faz algo bem feito, todos os demais o fazem igualmente bem e no tempo certo. Este é o segredo do buddhismo. Portanto, procure manter a postura correta, não apenas quando pratica zazen mas em todas as suas atividades. Adote a postura certa quando estiver dirigindo um carro ou quando estiver lendo. Se você lê numa posição displicente, não pode ficar lúcido por muito tempo. Experimente.
Você descobrirá como é importante manter a postura correta. Este é o ensinamento verdadeiro. Ensinamentos escritos no papel não são verdadeiros ensinamentos, são alimento para o cérebro. Claro que é preciso alimentar o cérebro; porém, o mais importante é ser você mesmo praticando a forma correta de viver.

Eis por que o Buddha não pôde aceitar as religiões que existiam na sua época. Ele estudou várias religiões mas não ficou satisfeito com suas práticas. Não encontrou respostas no ascetismo ou nas filosofias. Ele não estava interessado nos aspectos metafísicos da existência, e sim em seu próprio corpo e sua própria mente no aqui e agora. E quando encontrou a si mesmo, descobriu que tudo quanto existe tem natureza búddhica. Essa foi sua iluminação. Iluminação não é uma sensação agradável ou algum estado particular da mente. O estado da mente que existe quando você se senta em postura correta é, por si só, iluminação. Se você não está satisfeito com o estado da mente que tem no zazen, significa que sua mente está divagando por aí afora.
E nosso corpo e nossa mente não devem oscilar nem vaguear.
Nessa postura, não há por que falar em estado correto da mente
. Você já o possui. Esta é a conclusão do buddhismo. Respiração


O Rei de Todos os Samadhis

A quem possa interessar... partilho convosco!

Sentar-se em lotus completo é trans­cen­­der diretamente o mundo inteiro; é o es­ta­do mais precioso e sublime dos bu­das e patriarcas. Nessa postura, ultra­pas­­sa­mos ímpios e demônios e entramos na intimidade mais funda do coração dos bu­das e patriarcas. Só por este Ca­mi­nho podemos ter a transcendência absoluta e atingir nosso objetivo último. É por isso que os budas e patriarcas concen­tram-se nesta prática e em nenhuma outra.

Saibam que o mundo de zazen é muito di­fe­rente dos demais. Quando este prin­cí­pio for esclarecido vocês devem avan­çar na resolução de atingir a iluminação buscando a prática, a iluminação e o nir­va­na verdadeiros. No instante em que estiverem sentados em zazen, examinem se o tempo permeia ou não todo o espa­ço e considerem a natureza do zazen - é diferente da atividade normal? É um es­ta­do altamente vigoroso? É pensar ou não-pensar? Ação ou não-ação? O zazen é apenas a postura de lotus completa ou existe no corpo e na mente? Ou trans­cende corpo e mente? Precisamos examinar esses vários pontos de vista. O objetivo é obter uma completa postura de lotus do corpo e uma completa postu­ra de lotus na mente; e vocês precisam ter uma postura de lotus completa no estado em que corpo e mente se soltam.

Meu falecido mestre Nyojo disse, "Quan­do você pratica zazen corpo e mente se desprendem. Isso só pode ser obtido através de shikantaza, o apenas sentar. Não é preciso queimar incenso, recitar o nome de Buda, fazer penitên­cia, prostrações ou leituras de sutra." Nos últimos 400 ou 500 anos apenas Nyojo ensinou que podemos ficar face a face com a mente dos budas e patriarcas através de shikantaza e nos tornar unos com a experiência deles. Na China, pou­cos podem se comparar a ele. Não há muitos que tenham corretamente identificado o zazen com o Darma bu­dis­ta, nem o Darma budista com o za­zen, e ninguém esclareceu a verdadeira forma de zazen como Darma budista.

O zazen da mente não é o mesmo que o zazen do corpo, e vice-versa. Há um zazen de shikantaza que difere do zazen no qual corpo e mente se desprenderam. Assim que corpo e mente se despren­dem nós atingimos a experiência e a compreensão dos budas e patriarcas; e precisamos preservar esta mente, examinando todos os seus aspectos.

Buda Sakiamuni disse certa vez a uma assembléia de monges, "Se alguém se sen­ta na postura de lotus, compreende o samadi em corpo e mente. Esta pessoa alcança grande virtude, é respeitada por todos e seu esplendor é como o do sol iluminando o mundo. A preguiça e o des­­lei­xo são postos de lado e ela se tor­na leve e incansável. A mente da ilumi­nação é radiante e brilhante. Sua forma é a de um dragão enrodilhado. Ma­ra, an­te qualquer representação da postura de lotus, enche-se de medo. Imaginem o seu terror quando vir a pos­tura de lotus de um iluminado! Se Mara fica apavora­do apenas com uma figura da postura de lotus, como deve ser gran­diosa a virtude ilimitada da própria postura! Quando nos sentamos em zazen, portanto, temos virtude e paz imensuráreis.”

Sakiamuni disse também a uma grande assembléia de monges,
"É por isso que eu me sento na postura de lotus." Então, ele recomendou aos discípulos a postura de lotus completa. Os ímpios buscam o Caminho através de várias posturas - na ponta dos pés, de pé todo o tempo , com as pernas atrás do pescoço, etc., mas estão imersos num mar de falsida­des e a mente deles jamais fica tranqüi­la. Por isso Sakiamuni instruiu seus se­gui­dores a sentarem-se eretos na postura completa de lotus. Se nos sentamos ere­tos nossa mente se retifica, e sua diva­ga­ção e dispersão podem ser trazidas à unidade. Se a nossa mente se desvia ou nos­so corpo cede, esta postura pode co­locá-los novamente em ordem. Se vocês querem entrar em samadi preci­sam paci­ficar todos esses pensamentos dispersos e divagações. Pratiquem as­sim, e obte­rão o Rei de todos os samadis.

Agora entendemos claramente que a postura de lotus completa é o Rei de to­­dos os samadis. É iluminação. Todos os outros samadis são inferiores. A pos­tu­ra de lotus é um corpo reto, uma men­te brilhante, e o corpo e a mente da tali­dade que leva diretamente aos budas e pa­tri­arcas, iluminação e prática corretas, e vida última de todas as coisas na natu­reza búdica.

Podemos realizar o Rei de todos os sa­madis através da postura completa de lotus neste corpo mesmo - em nossa pe­le, carne, ossos e tutano. Buda Sakia­mu­­ni sempre usou tal postura e trans­mi­tiu-a aos seus discípulos, ensinando-a aos homens e aos deuses. Desde os sete budas do passado, a essência do Cami­nho Budista é esta postura completa de lotus.

Enquanto Buda Sakiamuni sentava-se sob a árvore Bodi, em postura completa de lotus, inúmeros kalpas se passaram. Mas, independentemente do tempo que passou - 50 ou 60 kalpas, 21 dias ou só um tempo curto - ele girou a roda da Lei. O ensinamento de Sakiamuni é com­pleto e de nada carece. A postura completa de lotus contém todos os sutras. Um buda encontra outro nesta postura e todos os seres sensíveis tornam-se budas naquele momento.

Depois que o primeiro patriarca Bodi­darma veio do Oeste, ele passou nove anos sentado diante da parede no mos­teiro de Shositsu Hoshorinji no Monte Su. Desde então, a essência e semente do Darma espalhou-se pela China. A pos­tura completa de lotus foi a corrente vital do primeiro Patriarca. Antes dele chegar à China ninguém conhecia tal pos­tura. Durante a vida inteira, portan­to, devemos estar totalmente engajados, dia e noite, na postura completa de lotus e não sair do mosteiro - este é o Rei de todos os samadis.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Metade de mim


Metade de mim se obriga me a calar a voz
a chorar,
a dar voltas na cadeira, no sofá ,
a perder se em insónias,
a bater com a cabeça na parede,
a dar voltas no corredor
para frente e para trás e ao invés
mas sempre se obrigando a calar

Metade de mim corteja, fala, exterioriza, abre asas, assume
chama, corre e atropela os passos para chegar antes do anoitecer

Metade de mim é pedaço de coragem
Ser actuante

Outra metade cobardia
Metade expectante
Observador discreto

E outra metade nem sei...

As memórias guardadas em caixinhas e distribuidas por andares
São fechadas com tampas
Subo o escadote da consciência e observo-as...

Lá estão elas ...estagnadas no tempo
Metade de mim abre as tampas e, qual pássaros,

permite que saiam em rodopio
apanhando alguns estilhaços

percebo que devo fechar as tampas novamente!!

Metade de mim é memória
E outra metade... presente, isenta e despida de passado

Revela-se a oportunidade do existir aqui e agora
Sem mágoas ou traumas
Cada dia é um novo dia
e metade de mim dá-se a si oportunidade de ver a vida com um novo olhar
metade de mim não tem passado

Metade de mim se receia
E outra metade confia plenamente

Metade de mim é história
Nasço hoje impregnada de ingenuidade e pureza
Como no dia em que aprender a andar terá sido a maior vitória.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Introspecção










A primeira e pior de todas as fraudes, é enganar-se a si mesmo...

depois disso, todo o pecado é fácil...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Deambulando pela Alquimia e Astrologia

A fim de alcançar o verdadeiro significado da Alquimia e da Astrologia, é necessário ter uma clara concepção da íntima relação e identidade do microcosmo e do macrocosmo e de sua interação.
Todas as forças do universo estão potencialmente presentes no homem e em seu corpo, e todos os órgãos humanos nada mais são do que produtos e representantes dos poderes da natureza.” (Paracelso)

Todo estudante gnóstico que anela o autoconhecimento, e a conseqüente autoliberação e auto-realização, deve entender que todos nós sofremos inúmeras influências externas. Sejam de nossos semelhantes, sejam do meio ambiente ou mesmo do espaço sideral. De acordo com essas influências, temos diversas reações.

É a partir de tais reacções que podemos nos conhecer, saber onde estão nossos pontos falhos, nossas debilidades, nossas fraquezas, enfim, nossos calcanhares-de-aquiles. Para o venerável mestre Samael Aun Weor, é através da auto-observação de nossas reações cotidianas é que se pode tirar um maravilhoso material para nosso trabalho psicológico.

É nossa Essência, nossa Consciência ou nosso Ego que aflora em determinadas situações do dia-a-dia? Eis aí a verdadeira importância de estudarmos séria e detidamente a astrologia sob o ponto de vista gnóstico, ou Astrologia Hermética.

Antes de tudo, é importante entendermos o que significa a palavra PERSONALIDADE, sua formação, constituição e finalidade. E, em seguida, estudar as características dos nativos de cada signo zodiacal.

A Personalidade resultante da soma do CARÁTER e da CONDUTA da pessoa. O Caráter o conjunto de traços e características próprias da pessoa, e está relacionado com a "carga hereditária" depositada nas informações contidas nos Genes. Por sua vez, os Genes são produtos de compostos moleculares do DNA ( ou ácido desoxirribonucleico). Sob a ótica gnóstico-esotérica, em última instância, as moléculas recebem informações energéticas, ou eletrônicas, provenientes de Dimensões Superiores. Já a Conduta provém das ações e reações que vão se imprimindo na Personalidade, oriunda do meio social (ou seja, família, cidade, país, época, era, raça, religião, diversos valores morais e éticos etc).

Devemos recordar sempre que a Personalidade tem um princípio e um fim. Nasce no seu tempo devido e morre no seu tempo, logo após o desencarne do indivíduo. A personalidade formada nos primeiros 7 anos de vida. É de suma importância a atenção educacional da criança nesse primeiro "setenário". Nesses anos é que é fundamentada a personalidade, a qual com o passar dos anos irá se fortalecendo. Caso a personalidade sofra uma má formação nessa época, será muito difícil modificá-la nos setenários seguintes. Urge educar corretamente as crianças, pois daí para frente, ela será reflexo desses primeiros sete anos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Coragem

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!! -
Osho

Ingenuidade, Imaginação,capacidade de Acreditar ou Paciência


a Ingenuidade caracteriza-me...
o Acreditar é a minha força...
os olhos com que vejo os outros,
são apenas e só os meus olhos
continuamente a ver o que há e o que não há para ver...


Acreditar é bom...
mas custa assistir ao desmoronar dos castelos... castelos que só eu vi, porque os quis imaginar

Imaginação...
é outra qualidade desastrosa e infindável
que teima em me perseguir
em caminhar lado a lado como sombra de mim mesma
talvez daí a minha metade leve de ser ?
o segredo da juventude que me apontam curiosamente original?

Compreensão é importante...
ainda tenho muito para compreender
nascer, aprender a andar é fundamental
conseguir ficar de pé é o passo seguinte
e continuo a acreditar!!
Esperar, é uma virtude
Paciência, outra grande virtude

Que todos os que conheço
tenham a virtude de ter
a paciência
para esperar tranquilamente que, a cada um de vós,
venha o que merecem para vossas vidas!

Fiquem bem!

Melancolia


Hoje sinto-me assim...melancólica...
estenderam-me um pedaço de luz... Acreditei e aceitei !
deram-me um afago suave como espuma... eu aceitei!
deram-me carinho ... aceitei !
transformaram meus lábios em dois cristais resplandecentes.. .
...eu deixei !!!
fizeram-me sentir no centro do Universo sentada na mão da tranquilidade...
..eu deixei !!
fizeram-me sentir o que há muito não sentia... e eu deixei !!!

Eu senti !!!
senti tudo, degrau a degrau
a ternura, a fragilidade, o abraço, a cumplicidade,a juventude...
senti-me.... feliz!
E deixei sentir !!!

domingo, 16 de agosto de 2009

Bicabornato de Sódio - sabiam que…


Tenho andado a interrogar-me se o bicabornato de sódio não poderá igualmente servir para limpar a alma….ou quem sabe neutralizá-la…???


Simples pó branco que qualquer um de nós deveria ter em suas despensas… a ver pelos factos !

alívio de aftas ( aviso já que arde como o caraças...)
Branqueamento de dentes e tecidos,
aliviar acidez de estômago,
como fermento químico ( bolos ),
nos tratamentos de lã e seda,
na nutrição de animais,
na cerâmica,
na preservação da manteiga e da madeira…
como agente levedante nos refrigerantes,
na limpeza de cafeteiras de aço e inox,
na limpeza panelas queimadas,
na limpeza de carpetes, para retirar manchas amarelas em lycra branca…
igualmente como neutralizante daquele cheiro horrível da cinza de cigarro nos cinzentos á conta das beatas mal apagadas…
para tirar as marcas que o tempo insiste em deixar nas bordas das chávena de café ( eu acho horrível…);
para tirar o mofo das cortinas de banheira;
limpar pentes, escovas e rolos de cabelo;
para remover a corrosão das baterias dos carros;
tirar manchas de ferrugem dos tecidos;
na fabricação de extintores de espuma…
os nossos desodorizantes e talcos têm-no na sua composição…

E neste últimos sabem para que serve? - para neutralizar humidade e odores…!!!!

E daí … nesta leitura exaustiva de utilizações, lembrei-me da Alma !!
Assim… como quem não quer a coisa …!!!


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

VidaYhoga


Uma vida curiosa… ou uma curiosidade pela vida !
Na inquietude, escolho o meu recanto… um ‘convento’ onde ideias e ideais circulam e fazem um reboliço
Escolho um local sossegado, onde repouso das tropelias dos dias ou dos dias em tropelias
Recolho as alegrias, as mágoas, as penas e o que me avaliei fazer… as mágoas ou as penas foram maiores que as alegrias?
Se calhar não foram… porquê ser pessimista?

No recanto recolho o balanço, construo uma tábua e ensaio o meu equilíbrio nela…apercebo-me que atravesso para o lado de lá sem tombar
Volto à minha vida curiosa e sinto mais curiosidade pela vida
Cheguei aqui para uma festa…não a festa mundana, mas a festa da curiosidade que é a vida…
Encontro no canto de que falo tantas pessoas que não festejam interiormente a sua vida
Ao nascer do sol, o vapor levanta-se da terra húmida, planto uma semente como simbolo de vida, fortaleço o coração com pensamentos positivos e asseguro-me de que tenho uma vida feliz
Despeço me por breves instantes dos pensamentos nefastos, aligeiro as inquietudes...
Pergunto-me do que me alegro, do que me orgulho? O que agradeço? No fundo…de tudo me devo alegrar… orgulho-me do que fiz e orgulhar-me-ei daquilo que vier a fazer
pois trago em mim a convicção de que o farei em consciência e o melhor que sei.
Não quero perder forças por aquilo que não fiz… se não o fiz por alguma razao foi!

Do caminho do mal me desviei, na emboscada dos dias procurei sempre a luz e novamente me recolhi para meditar sobre as curiosidades da vida ou sobre a minha curiosa vida !



sábado, 1 de agosto de 2009

Deixamos de amar, mas nunca desistimos do Amor !


Se me tivessem contado, teria dificuldade em acreditar ? Talvez …Ainda mais sendo eu a protagonista desta história !! Acreditar que um dia semeaste, regaste e deixei florir … plantaste o que quiseste e tudo dava fruto, renascia , descia a correr seara abaixo com a alegria de uma menina em sonhos acordada… Como posso hoje ter tão pouco para te oferecer ?? Um beijo não passa de um gesto que quase considero “obsceno” pois que é vazio de sentimento… Romance …nunca existiu !! Agora… muito menos, só o passar das águas em turbilhão que são nada mais nada menos que a minha cabeça fervendo de dúvidas, não entendendo o que se passou…e o que se está a passar… como foi que o quase enlouquecer de amor passou a desamor, quase indiferente me é a tua mão na minha quando a segura trémula de insegurança… Não tenho nada para te oferecer… lamento nem sabes o quanto. O tanto que te esforçaste por me agradar, por chegar ao iluminar, por chegar aos meus encantos que agora são desencantos… tristeza, mágoa, saudade do que já senti foi o que restou destes anos que pareciam uma eternidade e que para a eternidade julguei amar-te ! Sinto me vazia, parecendo incapaz de amar quem quer que seja… preciso de um pouco de romance, que me mostrem a face mais alta da lua, que me elevem o rosto num sereno olhar e mergulhem na minha alma… não quero ficar neste estado de indiferença, preciso de me sentir viva novamente e com carácter de urgência. Sim, tenho dificuldade em lidar com esta fase da minha vida. É como se tivesse um poço de água fresca e limpida e nada saciasse a minha sede……… não ! Não quero continuar a sentir me assim, despejada de emoção, sinto a cabeça a latejar por falta de ocupação! A ocupação do amar sem limites ou condições. Não quero continuar a sentir-me assim como que indiferente à vida. Recuso-me a sentir -me desta forma amorfa, incolor, inodora… não me entendo assim isenta de afagos, paixões, encontrões, escaldões… não me reconheço nesta etapa da minha vida, em que os dias passam sem encontros ou desencontros…todos eles fazem parte do nosso estar e do nosso sentir, precisamos de tudo isso para nos encontrarmos ou nos desencontrar-mos e é aí nesse limiar que percebemos que estamos certos nesta passagem…os ventos, as tempestades do amor fazem nos rodopiar, encontramo-nos certeiras nos nossos anseios, desilusões ou confusões. Mas sentimos…choramos….desesperamos pela espera, mas estamos certos de alcançar. Agora o que sinto por ti é uma amizade sincera, só e apenas. E tanto que te esforças, embora fazendo de conta que a minha indiferença te é indiferente! Não, não quero estar assim por muito mais tempo…sempre tive no amor um porto seguro, preciso dele para sobreviver, é a ele que me agarro para apaziguar as agruras, as contrariedades..recordo-me de mim amando sempre algo ou alguém, encontrando nesse amor o tripé, a árvore imaginária que me mantém de pé na esquadria dos dias menos afortunados. Sentir-me culpada por isso? Não, não sinto…sei exactamente o que não tive em criança, em adolescente…sei onde não me tocaram e sei exactamente onde me tocaram e não o deveriam ter feito !! Não, não tenho vergonha de o assumir. A nossa história, o nosso percurso de vida enquanto crianças ou adolescentes teve as influências que teve, cada um de nós teve as suas “pouca-sortes” e embora obrigados a dar a volta por cima, as marcas ficam, indeléveis no tempo, no coração, no subconsciente - aquele que armazena lembranças de toda a nossa vida - É por isso que quero, acredito e faço do amor a lei fundamental que vai regendo a minha vida, repondo, sobrepondo, subtraindo o que de menos bom me possa de vez em quando lembrar. Sei que existes, estou à tua espera…não desespero, sei que estás a chegar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Em vão...

Em vão, será achar que o amor não existe mais nas nossas vidas, achar que os pássaros não cantarão mais no nosso acordar, amar quem não se ama, o esforço para esquecer…de quanto mais nos esquecemos maior é a recordação de tudo o que nos fez sorrir, encantar ou até chorar… o desistir de nos apaixonarmos por grandes ou pequenas coisas, recusar um por de sol ou um amanhecer

Foi em vão igualmente achar que estaria à altura dos outros, não, nem sempre estou, nem sempre consigo ultrapassar a barreira do “sinto-me a mais” como hoje, em que vi a juventude distanciar-se de mim a passos pequenos e depois largos, caminharem majestosamente em frente aos meus olhos e não ter coragem para me perpetuar, para me esticar no tempo ou no vazio dos meus dias. Escrevo para me sentir acompanhada de mim mesma…têm sido dias algo estranhos, alguma neblina tem pairado neste tempo pastoso e lento que têm sido estes últimos dias na Fuzeta, em que sinto que nada volta atrás. Procuro alguma coisa que me preencha e não estou encontrando de todo… Tenho o mar à minha frente e sinto-me num deserto cheia de sede. Tenho por companhia uma brisa nocturna no terraço onde escrevo estas linhas. Tenho-me encontrado contigo em pensamento…perdi o canto onde poisava certa e segura uma parte de mim, onde as linhas das mãos se cruzavam, ,se entrecruzavam na cilada das noites, onde sim, eu tinha um lugar onde repousar, uma almofada de alfazema que alegrava e perfumava os meus dias incertos…nada é seguro, ou eterno. Apenas a amizade verdadeira repousa tranquila no nosso quotidiano. Tenho um amor que não é amor, não é tudo… é algo que ainda não descodifiquei. É um barco de certa forma à deriva, vai e vem , vem ao de cima…afunda-se logo depois…perdoa-me a expressão, é como um guarda roupa velho que de vez em quando ao abrir pode trazer cheiro de alfazema ou de bafio… dentro dele tiro peças antigas e visto-as imaginando-as novas…

Amigos…sim, estou certa de que são uma benção se forem verdadeiros, sinceros e isentos de interesse ! E…respeitadores do espaço do outro... Uma benção a eles e felizes dos que os encontraram… os abençoados !!! mas não esqueçam, nem todo o(a) amigo(a) que parece sê-lo, o é ! E agora recordo o texto de uma amiga que, nem de propósito parece ter vindo ao encontro deste estado de alerta em que me encontro “ quem gosta realmente de nós, irá entender” Por vezes este entendimento pode estender-se apenas a coisas tão simples quanto aceitarem que cada um de nós tem e precisa do seu espaço e que por vezes apreciarmos melhor a companhia de alguém, a partir do momento em que nos sentimos libertos, sentimos que estamos juntos por inteira e espontânea vontade…

terça-feira, 7 de julho de 2009

Divagando pela raça humana

Alguém disse recentemente que o amor é o sentimento mais próximo do ódio ! É terrível ouvir dizer tal coisa mas será que é assim mesmo?
Eu pergunto-me como nós conseguimos andar tanto anos das nossas vidas sem nos encontrarmos, sem nos conhecermos, sem sabermos o que queremos para a nossa vida em matéria de amores … quem gosta de nós, quantas vezes isso acontece ? Nós não estamos nem para aí virados !!! Aquele(a) de quem gostamos, não está nem aí para nós !!! Isto não é justo, no mínimo…
Mas o que acontece algumas ou tantas vezes e me dirão se estou enganada, é que o que existe por detrás do tal “ eu amo e não posso perder-te “ prende-se sobretudo ( e só mais tarde vimos a descobrir isso) com um sentimento de posse, ou melhor com um sentimento de “ não conquista “ Sabemos bem que o ser humano é um caçador nato e a questão das relações entre pessoas está muito por aí… nós queremos inconscientemente “caçar” isto ou aquilo, esta ou aquela pessoa… se não o conseguimos sentimo-nos impotentes, desarmados, vamos a correr limpar as arestas das nossas armas, areamos, passamos brilho, passamos lustro, na esperança de ainda virmos a conseguir caçar o nosso alvo amoroso, neste caso !
O ser humano é um trapalhão de primeira apanha !! Dá tanta volta e ainda não se conseguiu encontrar… talvez se parasse um pouco, de vez em quando?
O ser humano é imperfeito… sim de facto !
Aquela pessoa que conosco manteve uma relaçao e que por variadíssimas razões um dia partiu … se não foi por nossa iniciativa mas do outro, vai enquadrar-se nas tais presas que não conseguimos caçar… achamos que não conseguimos acertar no alvo …

Outro dia continuo esta divagação…

Ai...relaçóes humanas !!!

É verdade, as relações humanas têm que se lhe diga…
Na tal esquina das nossas vidas aparece esse alguém que nos eleva da nossa tranquilidade, do nosso quotidiano, que nos leva a sonhar, nos leva a concluir que, quando menos se espera, a aparente tranquilidade se desdobra num turbilhão de emoções, se transforma em alegria, entusiasmo…uma alegria diferente no acordar de cada manhã, porque sabemos poder ouvir aquela voz durante o dia, ter um desabafo, ouvir uma opinião ou um conselho…
Muito se fala de amores, de encontros…
Como disse V. de Moraes “ A vida é feita de encontros, mas há tantos desencontros nesta vida “

Uma da maiores frustrações, uma das maiores afrontas ao nosso eu, é a certeza da incompreensão…
Mal entendidos… sabermo-nos mal interpretados, ficamos desajeitados, perdidos no tempo, sentimos uma solidão que não conseguimos medir, é uma forma de impotência, um amargo de boca, uma ressaca que demora a chegar á lucidez …

A nossa vida continua, sim, levantamo-nos cada manhã na esperança do encontro com a compreensão, com o sorriso que tanto esperamos, a voz que sonhavamos ouvir dizer - sim, vamos conversar - vamos entender o que não entendemos - vamos acabar com os mal-entendidos…conversa comigo…vai, diz o que te vai na alma, que aconteceu ao beijo, ao abraço, ao diálogo leve, às histórias mutuamente contadas..mesmo que de trás para a frente, ou de frente para trás - que já as sabemos de cor - mas que importa? Falas comigo, ris comigo… em pensamento rebolas comigo na areia da praia… isso sim importa e pareceu não diluível no vento.
Cada manhã nos levantamos na esperança de um telefonema, poder ouvir aquela voz que julgávamos amiga, voz amiga que parecia melodia ao ouvido…essa tarda a chegar…
O ser humano tem mesmo muito que se lhe diga !!!!! Como se não bastasse, esquecemo-nos que estamos de passagem, que tudo é aprendizagem e a recusa dessa mesma aprendizagem denota falta de inteligência… não é que não sejamos inteligentes…mas quando não usamos a inteligência que nos é própria de nós, seres humanos, supostamente seres pensantes, tornamo-nos efectivamente pouco inteligentes… e depois vem a história da humildade, da mente aberta …único caminho para a compreensão -…
Interrogo-me vezes sem contas : como é possível que desperdicemos cada grão de experiências que o universo deixa cair aos nossos pés..? Não conseguiremos entender que nada é por acaso? Que toda a semente que foi deixada ali á nossa mercê tem um propósito ? Como é possível que não encarnemos a postura da simplicidade, na certeza que será dela que nos virá o conhecimento…
Ah humanos …. Único animal a quem foi dada a faculdade de PENSAR, de escolher … porque escolheremos nós o caminho mais tortuoso, que nos perdemos no labirinto da dificuldade, porque nos escondemos e nos perdemos na aposta do não diálogo, no fingimento, no insistir em mostrar o nossa lado orgulhoso…
A existência humana deveria primar pela simplicidade… um acordar simples e feliz, um obrigada por acordar, olhos que vêem a beleza de uma aurora, de uma ave, um campo de flores, um arrozal, um rio, o mar… há quem queira ver…e não pode!!! O mais triste cego será aquele que pode e não quer ver!!!

Hoje fico por aqui mesmo!!

24 Maio 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

nós e os amores nas nossas vidas

Quantas vezes nos interrogamos se estará a valer a pena ter esquecido, trocado a possibilidade de fazer o possivel por ser feliz.. ter ao nosso lado um companheiro(a)... terá valido a pena ter trocado alguma harmonia em prol dos filhos? confesso que não sei... nao estou certa de nada disso. O vazio... sentimo-lo de igual modo, a incerteza mora em nós, habita o nosso quotidiano de igual modo...nós vamos vivendo o nosso dia a dia, o trabalho felizmente ocupa os nossos pensamentos. Quantos de nós já terão sentido que nada parece fazer sentido sem alguém com quem partilhar problemas, tristezas, dificuldades financeiras, questões no nosso trabalho ou apenas divergências com amigos... também acontece ! A questão está na capacidade de conciliar os diferentes tipos de amor - ou talvez o amor que nos têm, não seja o suficiente para colmatar certas falhas, para se não intrepor entre paredes e pessoas... ninguém é perfeito, os nossos filhos não são perfeitos... os amores que vêm à nossa vida não são perfeitos... todos nos encaixamos e desencaixamos de uma hora para a outra, chegamos a nem perceber bem o porquê... o ser humano é imperfeito, é certo, todos queremos ser amados, todos queremos ter o nosso espaço, difícil é abdicar de vez em quando para manter a tal harmonia... E parece tão simples não é? e quem dá o passo? os filhos? o adulto que entrou nas nossas vidas? todos parecem ter prioridades... todos merecem a cumplicidade... e quem está no meio como fica ? só poderemos concluir que desorientado(a), naturalmente! Ninguém disse que a vida é fácil, mas temos todos que ajudar...não me venham com cantigas de que só uns ou só outros têm a palavra !È preciso dar parte de nós sem nos esquecermos, contudo, da nossa identidade, entender, colocarmo-nos no lugar do outro,(a) como costumo dizer vestir a vida do outro(a), calçar seus sapatos e dar uma volta rua cima fazendo o possivel por sentir a dor nos calcanhares que o(a) outro(a) sente - a isso chamaremos porque não, abertura de espírito, será que concordam ? ou estou a ser demasiado simplista?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Homenagem


A responsabiidade da tolerância é apanágio dos que têm uma visão mais ampla.
Trabalhar com a Rosa Pena tem sido para mim como que um renascer, uma lufada de ar fresco, uma constante revelação da capacidade humana, de sentimentos aos quais a empresa no seu início não estava habituada. A simplicidade, a humildade, a força, se bem que serena, a consciência de uma líder que consegue olhar os seus colaboradores não só como funcionários de uma empresa, mas ver mais além... ter o entendimento necessário e sublime de ver que por detrás de cada um dos seus Colaboradores está um ser humano...
E repito, a tolerância que igualmente a caracteriza é, sem dúvida, um dom de quem tem uma visão ampla da vida e do negócio. Vida e negócio : duas realidades dificeis de conjugar, difíceis de separar.
A força, perseverança, a coragem que caracterizam a Rosa Pena são contagiantes. É com muito orgulho que faço parte desta Equipa e desta empresa, que começou num simples andar de um vulgar prédio em que a recepção funcionava num comum vão de escada. Não fora a vontade e o entusiasmo pleno e autêntico e a empresa não seria o que hoje todos podemos testemunhar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pensamento e Propósito

Não sei o autor deste texto, mas gostei muito de o ler e aqui fica para meditarmos...

Até que o pensamento esteja ligado com o propósito não existe nenhuma realização inteligente. A maioria das pessoas permite que o barco do pensamento "seja levado pela corrente" sobre o oceano da vida.
A falta de propósito é um vício, e tal deriva não deve continuar para aquele que deseja estar longe da catástrofe e destruição. Aqueles que não tem nenhum propósito central em suas vidas tornam-se presas fáceis de preocupações, temores, aborrecimentos e autopiedade, todos eles são indicações de fraqueza, que levam, tão seguramente como pecados deliberadamente planejados (embora por uma rota diferente), ao fracasso, tristeza, e perda, porque a fraqueza não pode persistir em um universo de poder constante.
Um homem deve conceber de um propósito legítimo em seu coração, e se dispor a alcançá-lo. Ele deve fazer desse propósito o ponto central de seus pensamentos. Poderá ter a forma de um ideal espiritual, ou poderá ser um objeto material, isso de acordo com a sua natureza e o presente momento. Mas seja lá o que for, ele deve focalizar firmemente suas forças do pensamento sobre o objetivo que ele colocou diante dele. Ele deve fazer desse propósito seu dever supremo, e deve devotar-se à sua realização, não permitindo que seus pensamentos vaguem em meio a fantasias efêmeras, anseios e imaginações. Essa é a estrada imperial que leva ao autocontrole e verdadeira concentração de pensamento. Mesmo se ele falhar repetidas vezes em atingir seu propósito (o que ele necessariamente irá até que a fraqueza seja sobrepujada), a força de caráter adquirida será a medida de seu verdadeiro sucesso, e isso formará um novo ponto de partida para futuro poder e triunfo.Aqueles que não estão preparados para a apreensão de um grande propósito, devem fixar seus pensamentos sobre a execução perfeita do seu dever, não importando quão insignificante sua tarefa possa parecer. Somente dessa maneira os pensamentos podem ser reunidos e focalizados, e resolução e energia desenvolvidos, o que sendo feito, não existe nada que não possa ser realizado.A alma mais fraca, conhecendo sua própria fraqueza, e acreditando nessa verdade - que força pode somente ser desenvolvida através de esforço e prática, irá de uma vez começar a exercitar-se, e adicionando esforço a esforço, paciência a paciência, e força a força, jamais cessará de se desenvolver, e irá finalmente crescer divinamente forte.Assim como o homem fraco fisicamente pode tornar-se forte através de treinamento diligente e paciente, da mesma forma o homem de pensamentos fracos pode torná-los fortes através de exercitar-se em pensar rectamente.

Eliminar a falta de propósito e fraqueza, e começar a pensar com propósito, significa entrar para o rank daqueles fortes que somente reconhecem o fracasso como um dos caminhos para a realização; que tornam todas as condições como seus servos, e que pensam vigorosamente, empreendem destemidamente, e alcançam com mestria.Tendo concebido do seu propósito, um homem deve mentalmente traçar um caminho reto para a sua realização, não olhando para a direita nem para a esquerda. Dúvidas e temores devem ser rigorosamente excluídos; eles são os elementos desintegradores que destróem a linha reta do esforço, tornando-a torta, ineficaz, inútil.Pensamentos de dúvida e temor nunca realizam nada, e jamais podem. Eles sempre levam ao fracasso.
Propósito, energia, poder para fazer, e todos os pensamentos vigorosos cessam quando a dúvida e o temor tomam conta. A vontade de fazer brota do conhecimento de que podemos fazer. Dúvida e temor são os grandes inimigos do conhecimento, e quem os encoraja, que não os mata, frustra-se a cada passo.Aquele que conquistou a dúvida e o temor venceu o fracasso. Cada pensamento seu está aliado com poder, e todas as dificuldades são bravamente enfrentadas e sabiamente sobrepujadas. Seus propósitos são plantados na hora certa, e eles florescem e dão fruto que não cai prematuramente no solo.Pensamento aliado destemidamente com propósito torna-se força criativa.
Quem sabe isso, está pronto para tornar-se algo muito mais alto e mais forte do que apenas um mero punhado de pensamentos oscilantes e sensações flutuantes. Quem faz isso torna-se o controlador consciente e inteligente de seus poderes mentais.

sábado, 11 de abril de 2009

Despertar da magia


Quando foi da natureza própria das coisas - quando a toda a essência pertence despertar, florir, cantar pela primeira vez - tal qual ave que nasce - quando de tudo foi próprio dos amantes…também nos pertencemos tão desastrosamente quanto a tal ave que se atrapalha com os primeiros vôos que ensaia, aparentamente tão atraentes, quanto perigosos…
Assim nos pertencemos naquela época de 1986, durante a essência da estação a que os Homens deram o nome de Primavera… poderia ter sido o “despertar dos mágicos” !!
Recordo que nos amámos tão desastrosamente quanto se pode imaginar e, contudo, na essência da pele apenas sentimos o desmonorar da mesma magia.
Não cantámos como seria próprio dos ‘mágicos’… foi o amor mais louco que poderiamos ter tido um dia, no entanto nunca sentimos tão amargamente, tão penosamente, uma dor assim tão perto de nós…tão ligada à essência das nossas vidas, tão desastrosamente real - o vazio dos nos corpos - farrapos tão pouco…secos…quando se desfiando se o vento nos soprasse.
Assim se passou… e hoje fazemos por nos esquecer.
Contudo, nunca me senti tão mágica assim!
Julho de 1986

Assim tinha de ser

Porque o mar tem asas, porque o mar tem querer, ele é o que é, nada mais pode ser.
É... simplesmente na sua forma…
É... simplesmente assim na sua cor… ele é assim mesmo com todo aquele azul em cima…
Porque assim tinha de ser! Simples, mas majestoso e orgulhoso da sua cor !

Mil poemas que fiz toda a vida, mil poemas de mar, de terra, sobre pessoas que nada merecem, pois quando tudo parecem merecer, há algo que se desvanece
e eu…fico sem graça,
sem jeito, sem cor!
Porque assim igual ao mar, tão natural e expontâneo, tal qual eu e os meus dias … tanto te dou no meu sorriso… sinto-me bem agora, cheia de ti, tão vazia de nada receber. Mas é assim… o sorriso que mando à frente só encontra o deserto. .. ou a vastidão deste grande mar !
Já nada nos resta, apenas o quotidiano que galgamos passo a passo, mas vazios… mais um cigarro, mais um vazio.
Hora de almoço. Tudo calmo. Resto eu no 1º andar. Sabe bem esta tranquilidade. Saber-me só comigo, que comigo me entendo!
Fico assim á espera que o vento apareça, corre por mim uma aragem fresca, brisa morena...
aqui e ali canta um pássaro roxo, verde arcoiris do meu deserto, da minha solidão que sabe bem… que sabe a água, se bem que água não tenha gosto...
mil cores dentro de um caixa branca…ou verde, de esperança !
Conto as horas que me separam de ti, fico sossegada á espera de mil fontes, barcos, areias molhadas…
Nada havia a esperar, no entanto.
A vida tem que seguir o seu rumo, por isso escrevo estas e outras linhas que voltarão a encontrar-te!

Agosto de 1979