sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A vida é insegurança... ?


Cada pessoa cria uma determinada segurança psicológica, sem saber que a sua segurança é a sua prisão.

As pessoas estão cercadas por todos os tipos de inseguranças; daí o desejo natural de criar proteção. Essa proteção torna-se cada vez maior à medida que você fica mais atento aos perigos pelos quais está passando.

A sua cela na prisão vai ficando menor, você começa a viver tão bem protegido que a vida em si torna-se impossível.

A vida só é possível na insegurança. Isso é algo muito fundamental para se entender: a vida em sua própria essência é insegurança.

Enquanto você está se protegendo, está destruindo a sua própria vida.

Proteção é morte, porque apenas aqueles que estão mortos nos seus túmulos estão absolutamente protegidos.

Ninguém pode fazer mal a eles, ninguém pode ser injusto com eles.

Não há mais morte para eles.

Tudo o que poderia acontecer já aconteceu.

Nada mais vai acontecer


Osho

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

nós e o próximo

Simples é não complicar o que óbvio!
Quantas e quantas vezes não pomos em prática este ditado popular?
Saberemos viver em harmonia com o próximo ?

Estamos mais dispostos em apontar ou encontrar os defeitos
A olhar o outro com os olhos da crítica gratuita
do que em encontrar as virtudes
Que…sempre as há !
Mas não estamos interessados em descobrir
Tiremos as máscaras, o pano que nos oculta a verdade …
Quantas vezes não temos sequer a paciência de procurar entender quem temos na nossa frente?
Isso dá cá uma trabalheira não é?
Faz de nós seres humildes…
E quem é que quer ser humilde ?
Quase ninguém pensa nisso…

E esse é o precioso segredo do entendimento.

Que tal começar por aí ?
Por hoje fica no ar uma pergunta tão simples…

Jornada

Uma jornada é uma viagem
pequena ou grande dentro ou fora de um pais
é uma tarefa a que nos propusemos
implica faze-la sózinha ou ter alguém por companhia...
pode ser um acto colectivo ou não...
assim como a tarefa, a jornada pode ser longa ou não
teremos necessidade de levar mantimentos para o caminho
teremos necessidade de nos fortalecer antes...durante ou...não
jornada pode ser uma vida levada com um propósito
escalar passo a passo, pulso a pulso os degraus dessa nossa vida
carregada de intempéries
mas que nos propusemos como por fim um tal objectivo
pelo caminho, que é igualmente uma jornada, encontraremos obstáculos, crenças, amuletos
cabeças viradas do avesso
humanos sem ter caminho ou jornada
vagueando sem nenhum propósito
jovens, delinquentes, assaltantes de bares, lojas
ou simplesmente de corações
esses... seguramente nao têm uma jornada, propósito ou viagem a fazer
caminham , ou passeam trémulos pelas curvas da vida, tantas vezes nem fazem sequer a curva sublime do seu auto conhecimento
sao tristes, pobres , sós...não sabem quem são nem ao que vieram...
nao tem propósito,
propósitos ou modos
amorfos, amargos, sem eira nem beira
umas vezes , por que se descuidaram da vida, andaram desatentos, desinteressados
outras vezes nao tiveram familias, ou um amigo que orientasse em momentos de dúvida
e outros ? outros que não se encaixam em nenhum destes parâmetros???
a dúvida da jornada do ser humano permanece
a dúvida, o ser-se arrastado para lamas será por conta de quê ou de quem??
ah pois... imperfeiçao humana
mais fácil será achar que a culpa é de alguém...
e nao será? esse alguém seremos nós... e porque não?
carregados de vicios ou dúvidas, como fazemos para nos despir de toda essa carga emocional?
será fácil... talvez ! quiça subir ao alto de nós e mergulhar na consciência de nós mesmos, procurando o que sinto? o que faço agora? porque o faço?
a solução será então a auto análise... observação exaustiva da nossa própria conduta...
e isso será para quem? para os tais que fazem sua jornada, sua luta diária
sua caminhada pelas veias de sua vida
a grande jornada de sua própria existência!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

que a paz esteja convosco


Quando alguém vier vê-lo ou se encontrar com você, acalme-se por dentro e fique silencioso.
Quando a pessoa entrar, deseje-lhe paz profundamente.
Sinta: "Que a paz esteja com você."

Não apenas diga, mas sinta. De repente, você verá uma mudança nessa pessoa como se algo desconhecido a tivesse penetrado; ela ficará totalmente diferente.

Experimente!

Osho

Adultério


O significado comum dessa palavra é "fazer amor com uma mulher ou um homem com quem você não esteja casado(a)".
Mas o verdadeiro significado de adultério é fazer amor sem amar. Pode ser sua própria esposa, mas, se você não a estiver amando naquele momento, fazer amor com ela será um adultério.

O homem é um ser complexo: hoje você pode estar amando sua mulher - sim, sua própria mulher!
Eu sei que é difícil, talvez seja muito raro, mas acontece.
Então hoje você pode estar amando sua própria mulher, e fazer amor com ela será uma oração, uma devoção, uma comunhão com Deus.
Essa comunhão pode acontecer até mesmo com outra mulher que não seja sua esposa: se houver amor, não será adultério.

Mas se o amor não estiver presente,
seja quem for a outra pessoa, será adultério

Osho

Nunca perder o encantar-se !

A pessoa realmente inteligente mantém sua infância viva até o seu último suspiro.

Ela nunca perde isto; o encanto que a criança sente observando os pássaros, olhando as flores, olhando o céu....

A inteligência precisa ser, da mesma maneira, pueril.

Osho

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Idades..ou fases

Há uma idade de ouro em que tudo acontece com a pureza inerente, é a idade do acreditar
Depois passamos à fase de achar que “se isto me acontecer, vou achar que é um ‘milagre’ “
E mais tarde… voltamos a acreditar incondicionalmente…
Novamente e mais tarde, misturamos todas essas “fases” e sentimos uma ‘melange’ de aquilo que fomos, aquilo que nos deram, aquilo que estavamos dispostos a dar e receber e
Agora… nesta ultima fase…
Ao invés de acharmos que agora sim, estávamos preparadas para ver tudo com clareza à nossa volta
Ficamos no equilibrio da corda…
Temos alguma tendência para não acreditar em mais nada, queremos alterar, mudar a nossa essência por força da já quase incapacidade de “sofrer” novamente
Por instantes não queremos ser o que fomos… esquecer a pessoa sorridente e crédula que havia em nós…voltamos a não nos sentir preparados para o choque térmico do desgosto, do amargo de boca, da ressaca do insucesso amoroso…
E…por instantes, alteramos o personagem que há em nós, ambicionamos ser uma outra pessoa, fazer o possivel por alterar o nosso “chip”
Escondemo-nos dos sentimentos… fazemo-nos de insensiveis…recusamos o desgosto, não queremos aceitar que a vida nos possa pregar uma partida… mais uma? Ou a tal grande partida?… o universo reúne as circunstâncias para que conheçamos novas pessoas, algumas muito mais novas que nós e perguntamo-nos e o que fazemos agora? Estaremos à altura ? Não estamos preparadas para o golpe fatal, o derradeiro, não temos força para encarar o insucesso que já prevemos… pensamos “isto é bom demais para nos estar a acontecer”… e fugimos de nós como quem não quer perder o autocarro de retorno a casa
Mas… um breve sopro de consciência ( o nosso brio ) faz-nos levantar as asas da urgência da verdade que há no fundo de nós e… abrimos nossa mente, tornamo-nos o tal ser consciente e confessamos : Eu não sou assim ! Se já passei por tantas, se já as ultrapassei… se sempre assumi um carácter decidido, ensombrado sim, por uma certa timidez, mas avancei com a minha verdade, não há porque não continuar a sê-lo !!
Declaramos enfim, a nossa verdade, damos uma mão para que nos estendam a outra, acreditando na nossa sinceridade…
É fácil viver de sonhos… eles nos mantêm vivos, alertas, conscientes… mas por vezes o nosso dia a dia é tumultuoso demais para que consigamos gerir algumas situações - desordens caseiras, necessidades financeiras, educação dos filhos… e os sonhos ? Onde ficam ? Serão resíduos apenas ? Queremos viver, sim, queremos ser felizes, mas por outro lado declaramos guerra a nós mesmos, trazemos à tona o ‘adulto’ que há em nós e que nos diz “Pára… enquanto é tempo, olha que te vais desapontar…”

Foi nesse limiar que dei comigo a fazer e desfazer o que queria e o que tinha receio de enfrentar - sonho e realidade - uma ambivalência que não tive certeza de estar preparada para dosear.
Achei por certo revelar-me “ Eu não sou assim, eu não passo de uma sonhadora, uma criança crescida que anda à procura de não perder de vista o sonho, mas reconheço tive receio, sim, é verdade, receio de que a vida me estivesse a pôr à prova mais uma vez-

Revela-se que nem sempre a sinceridade é o caminho mais adequado em determinadas situações… que o medo é o melhor amigo do insucesso e que devemos saber esperar a hora certa de falar sobre nós !
Não sei se perdi... não sei se me tornei numa esfera para onde possam ser atiradas flechas...
como há muitos anos atrás, senti que o tempo parou no patamar da delicadeza, que nas mãos trazia sementes que nao cheguei a plantar e cujos frutos não deixei ver crescer ou flores ver florir.

Tenho saudades desses dias...
Lamento o que não cheguei a ter.
A vida tem desta coisas, não é ??

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Zazen = meditação - Postura


Lembrei-me que alguns podem não saber o que é Zanzen...

Quando você se senta na posição de lótus completo, seu pé esquerdo fica sobre sua coxa direita, seu pé direito, sobre a coxa esquerda. Ao cruzarmos as pernas desse jeito, embora tenhamos uma perna esquerda e outra direita, elas se tornam uma só. A postura expressa a unidade da dualidade: nem dois, nem um. Este é o ensinamento mais importante: nem dois, nem um. Nosso corpo e mente não são dois, nem um. Se você pensa que seu corpo e mente são dois, está errado. Se pensa que são um, também está errado. Nosso corpo e mente são dois e um ao mesmo tempo. Habitualmente, pensamos que se algo não é um, é mais do que um; que se algo não é singular, é plural. Mas, na prática, nossa vida não é só plural, é também singular. Cada um de nós é duas coisas ao mesmo tempo: dependente e independente.

A coisa mais importante na postura zazen é manter a coluna reta. Orelhas e ombros devem ficar alinhados. Relaxe os ombros e estique a parte superior da cabeça em direção ao teto. O queixo deve ficar ligeiramente recuado para dentro. Quando o queixo está erguido, você não tem firmeza na postura, com o que e provável que sua mente se ponha a vaguear. Assim, para reforçar sua postura, pressione o diafragma para baixo, em direção ao seu hara ou parte baixa do abdome. Isso o ajudará a manter o equilíbrio físico e mental. Ao tentar manter essa postura, poderá encontrar alguma dificuldade inicial em respirar de maneira natural, mas quando se acostumar a ela será capaz de respirar normal e profundamente.

Suas mãos devem formar o mudra cósmico. Se puser o dorso da mão esquerda sobre a palma da direita, as juntas dos dedos médios encostadas umas sobre as outras, as pontas dos polegares tocando-se levemente (como se estivessem segurando uma folha de papel), suas mãos formarão um belo oval. Mantenha esse mudra cósmico com todo cuidado, como que segurando algo precioso.

Não deve inclinar-se para os lados, nem para a frente, nem para trás. Deve ficar sentado bem reto, como se estivesse sustentando o céu sobre a cabeça. Isto não é apenas postura ou respiração. Isto expressa o ponto chave do buddhismo. E uma expressão perfeita da sua própria natureza búddhica. Se você busca a verdadeira compreensão do buddhismo, tem de praticar deste modo. Estas formas não são meios para obter um estado mental correto. Assumir a postura já é, em si, o propósito da nossa prática. Ao se colocar nessa postura, sua mente fica naturalmente em estado correto; portanto, não há necessidade de buscar um estado especial da mente. Quando você tenta obter algo, sua mente começa a divagar por outros lugares. Quando você não se ocupa em obter algo, seu corpo e sua mente permanecem juntos, presentes onde você está.

O mais importante é estar de posse do próprio corpo físico. Se você se encolhe, está se perdendo de si mesmo. Sua mente estará divagando alhures; você não estará presente em seu corpo. Não é assim que deve ser. Nós temos que existir no aqui e agora. Este é o ponto chave. Você tem que estar de posse de seu corpo e mente. Tudo deve existir no lugar certo e de maneira certa. Então não há problemas. Se o microfone que eu uso quando falo estiver colocado em outro lugar, ele não estará servindo ao seu propósito. Quando nosso corpo e mente estão em ordem, tudo o mais está no seu devido lugar, de forma certa.

Usualmente, sem que tenhamos consciência disso, tentamos mudar as coisas em vez de mudar a nós mesmos; tentamos arrumar as coisas que estão fora de nós. Mas é impossível ordenar as coisas se você mesmo não está em ordem. Quando você faz as coisas de forma certa, no momento oportuno, tudo o mais se organiza. Você é o chefe. Quando o chefe está dormindo, todos dormem. Quando ele faz algo bem feito, todos os demais o fazem igualmente bem e no tempo certo. Este é o segredo do buddhismo. Portanto, procure manter a postura correta, não apenas quando pratica zazen mas em todas as suas atividades. Adote a postura certa quando estiver dirigindo um carro ou quando estiver lendo. Se você lê numa posição displicente, não pode ficar lúcido por muito tempo. Experimente.
Você descobrirá como é importante manter a postura correta. Este é o ensinamento verdadeiro. Ensinamentos escritos no papel não são verdadeiros ensinamentos, são alimento para o cérebro. Claro que é preciso alimentar o cérebro; porém, o mais importante é ser você mesmo praticando a forma correta de viver.

Eis por que o Buddha não pôde aceitar as religiões que existiam na sua época. Ele estudou várias religiões mas não ficou satisfeito com suas práticas. Não encontrou respostas no ascetismo ou nas filosofias. Ele não estava interessado nos aspectos metafísicos da existência, e sim em seu próprio corpo e sua própria mente no aqui e agora. E quando encontrou a si mesmo, descobriu que tudo quanto existe tem natureza búddhica. Essa foi sua iluminação. Iluminação não é uma sensação agradável ou algum estado particular da mente. O estado da mente que existe quando você se senta em postura correta é, por si só, iluminação. Se você não está satisfeito com o estado da mente que tem no zazen, significa que sua mente está divagando por aí afora.
E nosso corpo e nossa mente não devem oscilar nem vaguear.
Nessa postura, não há por que falar em estado correto da mente
. Você já o possui. Esta é a conclusão do buddhismo. Respiração


O Rei de Todos os Samadhis

A quem possa interessar... partilho convosco!

Sentar-se em lotus completo é trans­cen­­der diretamente o mundo inteiro; é o es­ta­do mais precioso e sublime dos bu­das e patriarcas. Nessa postura, ultra­pas­­sa­mos ímpios e demônios e entramos na intimidade mais funda do coração dos bu­das e patriarcas. Só por este Ca­mi­nho podemos ter a transcendência absoluta e atingir nosso objetivo último. É por isso que os budas e patriarcas concen­tram-se nesta prática e em nenhuma outra.

Saibam que o mundo de zazen é muito di­fe­rente dos demais. Quando este prin­cí­pio for esclarecido vocês devem avan­çar na resolução de atingir a iluminação buscando a prática, a iluminação e o nir­va­na verdadeiros. No instante em que estiverem sentados em zazen, examinem se o tempo permeia ou não todo o espa­ço e considerem a natureza do zazen - é diferente da atividade normal? É um es­ta­do altamente vigoroso? É pensar ou não-pensar? Ação ou não-ação? O zazen é apenas a postura de lotus completa ou existe no corpo e na mente? Ou trans­cende corpo e mente? Precisamos examinar esses vários pontos de vista. O objetivo é obter uma completa postura de lotus do corpo e uma completa postu­ra de lotus na mente; e vocês precisam ter uma postura de lotus completa no estado em que corpo e mente se soltam.

Meu falecido mestre Nyojo disse, "Quan­do você pratica zazen corpo e mente se desprendem. Isso só pode ser obtido através de shikantaza, o apenas sentar. Não é preciso queimar incenso, recitar o nome de Buda, fazer penitên­cia, prostrações ou leituras de sutra." Nos últimos 400 ou 500 anos apenas Nyojo ensinou que podemos ficar face a face com a mente dos budas e patriarcas através de shikantaza e nos tornar unos com a experiência deles. Na China, pou­cos podem se comparar a ele. Não há muitos que tenham corretamente identificado o zazen com o Darma bu­dis­ta, nem o Darma budista com o za­zen, e ninguém esclareceu a verdadeira forma de zazen como Darma budista.

O zazen da mente não é o mesmo que o zazen do corpo, e vice-versa. Há um zazen de shikantaza que difere do zazen no qual corpo e mente se desprenderam. Assim que corpo e mente se despren­dem nós atingimos a experiência e a compreensão dos budas e patriarcas; e precisamos preservar esta mente, examinando todos os seus aspectos.

Buda Sakiamuni disse certa vez a uma assembléia de monges, "Se alguém se sen­ta na postura de lotus, compreende o samadi em corpo e mente. Esta pessoa alcança grande virtude, é respeitada por todos e seu esplendor é como o do sol iluminando o mundo. A preguiça e o des­­lei­xo são postos de lado e ela se tor­na leve e incansável. A mente da ilumi­nação é radiante e brilhante. Sua forma é a de um dragão enrodilhado. Ma­ra, an­te qualquer representação da postura de lotus, enche-se de medo. Imaginem o seu terror quando vir a pos­tura de lotus de um iluminado! Se Mara fica apavora­do apenas com uma figura da postura de lotus, como deve ser gran­diosa a virtude ilimitada da própria postura! Quando nos sentamos em zazen, portanto, temos virtude e paz imensuráreis.”

Sakiamuni disse também a uma grande assembléia de monges,
"É por isso que eu me sento na postura de lotus." Então, ele recomendou aos discípulos a postura de lotus completa. Os ímpios buscam o Caminho através de várias posturas - na ponta dos pés, de pé todo o tempo , com as pernas atrás do pescoço, etc., mas estão imersos num mar de falsida­des e a mente deles jamais fica tranqüi­la. Por isso Sakiamuni instruiu seus se­gui­dores a sentarem-se eretos na postura completa de lotus. Se nos sentamos ere­tos nossa mente se retifica, e sua diva­ga­ção e dispersão podem ser trazidas à unidade. Se a nossa mente se desvia ou nos­so corpo cede, esta postura pode co­locá-los novamente em ordem. Se vocês querem entrar em samadi preci­sam paci­ficar todos esses pensamentos dispersos e divagações. Pratiquem as­sim, e obte­rão o Rei de todos os samadis.

Agora entendemos claramente que a postura de lotus completa é o Rei de to­­dos os samadis. É iluminação. Todos os outros samadis são inferiores. A pos­tu­ra de lotus é um corpo reto, uma men­te brilhante, e o corpo e a mente da tali­dade que leva diretamente aos budas e pa­tri­arcas, iluminação e prática corretas, e vida última de todas as coisas na natu­reza búdica.

Podemos realizar o Rei de todos os sa­madis através da postura completa de lotus neste corpo mesmo - em nossa pe­le, carne, ossos e tutano. Buda Sakia­mu­­ni sempre usou tal postura e trans­mi­tiu-a aos seus discípulos, ensinando-a aos homens e aos deuses. Desde os sete budas do passado, a essência do Cami­nho Budista é esta postura completa de lotus.

Enquanto Buda Sakiamuni sentava-se sob a árvore Bodi, em postura completa de lotus, inúmeros kalpas se passaram. Mas, independentemente do tempo que passou - 50 ou 60 kalpas, 21 dias ou só um tempo curto - ele girou a roda da Lei. O ensinamento de Sakiamuni é com­pleto e de nada carece. A postura completa de lotus contém todos os sutras. Um buda encontra outro nesta postura e todos os seres sensíveis tornam-se budas naquele momento.

Depois que o primeiro patriarca Bodi­darma veio do Oeste, ele passou nove anos sentado diante da parede no mos­teiro de Shositsu Hoshorinji no Monte Su. Desde então, a essência e semente do Darma espalhou-se pela China. A pos­tura completa de lotus foi a corrente vital do primeiro Patriarca. Antes dele chegar à China ninguém conhecia tal pos­tura. Durante a vida inteira, portan­to, devemos estar totalmente engajados, dia e noite, na postura completa de lotus e não sair do mosteiro - este é o Rei de todos os samadis.