quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

As coisas que eu te chamo

Chamar-te-ei amor e só eu sei de quem falo. Sinto-me entre um passivo e um activo, aperto os mil dedos que não tenho quando encontro o teu olhar quase sempre coincidente... chego a alvitrar um breve sorriso significativo, pois quero que me compreendas
bebo-te em sonhos e e deslizas facilmente ... não há nada que fique apertado na garganta,
vais direito ao meu estômago onde conjecturo mil hipóteses de me passar esta má disposição de te não ter ...ao menos um beijo de relva
Não me dirás nada
Cala-te!
As palavras iriam enxugar todo este desejo e tenho receio... No meu leito abro abro as janelas da minha fértil e enganadora imaginação, ingrata parte do todo Eu e vejo-te de branco como hoje
de encontro ao meu peito rindo até o abater dos girassóis

O que é isso do abater dos girassóis?
são coisas que a gente sente e não sabe explicar
O teu riso é um pássaro branco, é algo que me desnuda e sorrio de mim própria
Felizes daqueles que escolhem a liberdade... será assim?
que recolho ?
que perdura desse breve instante?

(Inverno 1979)

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